UEA e Embaixada da França alinham parceria para Programa de Mobilidade Internacional Indígena

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Embaixada da França em Brasília estão em tratativas para firmar parceria no Programa de Mobilidade Internacional Indígena, que conta com o apoio do Consulado da França em São Paulo. Por meio da iniciativa, estudantes indígenas de pós-graduação da UEA, em todas as áreas do conhecimento, terão a oportunidade de estudar em universidade francesa por até seis meses, com bolsa de estudos no valor de 800 euros e outros benefícios, como seguro-viagem.

O reitor da UEA, Prof. Dr. André Zogahib, e a diretora da Assessoria de Relações Internacionais (ARI), Prof.ª Dra. Vanúbia Moncayo, reuniram-se, nesta terça-feira (03/01), com a professora Nadège Mezié, adida para a Ciência e Tecnologia do Consulado francês, e com François Legué, conselheiro de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França. Durante a reunião, foram alinhados detalhes sobre a parceria e feitos planejamentos para as próximas etapas.

Segundo o reitor André Zogahib, a previsão é que o edital do programa seja lançado ainda no primeiro trimestre de 2023. “Trabalhar com essa questão é, sobretudo, iniciar o processo de interculturalidade dentro da universidade. Isso se relaciona com o olhar diferenciado às diferentes culturas. É uma excelente oportunidade para se estreitar espaços que parecem tão distantes da realidade do aluno. Podemos, a partir disso, unir culturas e saberes no sentido de proporcionar que os estudantes transitem em diferentes espaços”, disse.

Atualmente, a UEA conta com 762 alunos indígenas matriculados em cursos de graduação. Sobre os próximos passos a serem tomados, a diretora da ARI, Prof.ª Dra. Vanúbia Moncayo, destaca que agora serão feitas reuniões internas na universidade, especialmente no âmbito da pós-graduação, para que a parceria se concretize.

“O programa será aberto para todas as áreas do conhecimento. Os estudantes contemplados poderão aprimorar o conhecimento em outro idioma. Sempre digo que o estudo das línguas estrangeiras permite a descoberta de novos mundos e novas identidades. O programa será uma importante iniciativa de democratização do conhecimento. Teremos, então, um grande avanço na interculturalidade que tanto buscamos na universidade”, completou.

Capacitação

Além de ter concluído o curso de graduação, o aluno indígena precisa ter nível básico na língua francesa para participar do programa. Visando promover aos alunos o acesso à interculturalidade, a ARI conta com o projeto “Desestrangeirando para internacionalizar: UEA preparando o cidadão para o mundo”, que oferece cursos de línguas estrangeiras aos estudantes interessados em programas de mobilidade. Uma das turmas de curso de francês do projeto será voltada para atender aos alunos indígenas da universidade, com o objetivo de prepará-los para o programa.

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Rodrigo Rivera