Para eternizar a força e a paixão da cultura do Boi-Bumbá, o Centro de Documentação e Memória Caprichoso (CEDEM) realiza, no curral Zeca Xibelão, a exposição fotográfica “Boi-Bumbá – um mural para a alegria”. Um resgate ao acervo do bumbá de 1990 a 2000 com 24 imagens do fotógrafo Andreas Valentin.
A exposição acontece na lateral do curral Zeca Xibelão com curadoria do diretor do CEDEM, Diego Omar, e do membro do Conselho de Arte, Paulo Victor. A iniciativa faz parte do projeto aprovado no Edital Amazonas Criativo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Amazonas. Um resgate dos acervos fotográficos da agremiação azul e branca, que exibe fotografias impressas em grande formato.
De acordo com os curadores, o trabalho começou com foco na recuperação de acervos e organização de dados que foram se mostrando muito promissores para preservar o patrimônio do bumbá. A ideia tomou forma e hoje virou uma exposição que mostra a paixão pelo bumbá. “A gente procura resgatar a paixão que é ser Caprichoso. É um trabalho intenso que foi realizado junto ao Boi-Bumbá Caprichoso, ao CEDEM e ao Conselho de Artes. É para resgatar e mostrar essa paixão de ser Caprichoso”, disse Paulo Victor.
O aposentado e torcedor, Ademir Tavares, 67, cresceu nas ruas próximas ao curral azul e branco, teve que viajar e ficou mais de 25 anos fora de Parintins. Hoje,
morando na Ilha, foi ver a exposição que traz a lembrança e a saudade de grandes festivais. “Muita lembrança boa, lembrança dos meus pais e dos meus avós, que na época moravam na Avenida Amazonas e eu tinha 10 anos de idade. Hoje eu vim aqui, depois de mais de 25 anos, eu vim constar de perto que é realmente uma grande emoção, uma paixão pra nós que somos moradores raiz, moradores da terra”, destacou emocionado.
Para compor a exposição “Boi-Bumbá – um mural de alegria” foram avaliadas cerca de 5 mil fotos. A exibição permanece até o final do ano no curral Zeca Xibelão e em 2023 deve ocupar outros espaços. A ideia dos responsáveis é levar as imagens para exibições em escolas, universidades e demais espaços públicos.
Foto: Michel Amazonas
