Pesquisar
Close this search box.
Pesquisar
Close this search box.

Objetivo foi proteger as unidades de conservação da região contra infratores expulsos da TI Munduruku

Força tarefa já causou prejuízo de R$ 112 milhões aos infratores - Foto: Acervo

Uma equipe de fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA) participou da primeira fase da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku (OD-TIMU), no Pará. 

Coordenada pela Casa Civil, a Operação Munduruku mobilizou agentes de vários órgãos federais, incluindo os Ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e dos Povos Indígenas, além do Exército Brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança Pública, IBAMA, FUNAI, AGU, ABIN, Censipam, SECOM, ANAC, ANTT e ANP. 

Ao ICMBio coube a função de proteger as unidades de conservação vizinhas à Terra Indígena Munduruku, para evitar a migração de garimpeiros ilegais. São quatro UCs contíguas à TI Munduruku: as Florestas Nacionais de Crepori e Amana, o Parque Nacional do Rio Novo e a Área de Proteção Ambiental do Tapajós. 

“Depois de expulsos da terra indígena, os infratores certamente vão procurar novas minas para a exploração ilegal”, avisa o coordenador da GR Itaituba/PA, Ronilson Barbosa, mobilizado na operação. “Nossa missão é fazer um escudo contra esses infratores em busca de novas invasões”, afirma. 

Antecipando esses riscos, fiscais do ICMBio vêm marcando presença ostensiva na região desde o ano passado. Em novembro de 2024, o órgão montou uma base dentro da APA Tapajós, na rodovia Transgarimpeira, com 20 agentes permanentes. 

OD-TIMU

A Operação Munduruku foi realizada com base na ADPF 709, ação movida no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a proteção de povos indígenas contra invasões e impactos ambientais, incluindo o avanço do garimpo ilegal. A decisão da Corte determinou a retirada de invasores de terras indígenas. 

Desde o início da operação, em novembro de 2024, foram realizadas 523 ações de fiscalização e repressão, resultando na inutilização de 90 acampamentos, 15 embarcações, 27 máquinas pesadas, 224 motores e 96.130 litros de óleo diesel, além da apreensão de mercúrio e ouro ilegal. As multas aplicadas somaram R$ 24,2 milhões. 

As ações das forças de segurança desarticularam importantes bases de apoio ao garimpo, dificultando a manutenção das atividades clandestinas e forçando muitos invasores a deixarem a área. 

Com o encerramento da primeira fase, a Operação Munduruku continuará em novas etapas para garantir a completa retirada dos invasores e impedir o retorno das atividades ilegais na Terra Indígena Munduruku. 

O Governo Federal reforça que a desintrusão da Terra Indígena Munduruku seguirá de forma contínua e estratégica, com monitoramento aéreo, novas incursões e investigações para desarticular completamente a estrutura do garimpo ilegal na região. As forças de segurança e fiscalização permanecerão em atuação para garantir que as áreas protegidas sejam efetivamente preservadas e que os responsáveis pelas infrações sejam responsabilizados. 

Gostou? Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

-publicidade-

Rodrigo Rivera