Filmes focados no meio ambiente marcam a 7ª noite do Festival de Brasília

O meio ambiente puxou as discussões do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Com dois filmes que tratavam do tema, a Mostra Competitiva teve críticas ao governo e ao agronegócio e o pedido para que os jovens protejam os recursos naturais.
Com sala cheia e público participativo foram apresentados ao público os curtas Marco, de Sara Bevenuto, e Chico Mendes – Um legado a defender, de João Inácio. O longa foi o brasiliense O tempo que resta, de Thaís Borges.
O documentário O tempo que resta, que trata sobre as disputas entre grileiros e moradores pelas terras amazônicas do Pará é o único de produção do DF a concorrer na Mostra Competitiva na 52ª edição do Festival de Brasildo Cinema Brasileiro. A obra fez sua estreia para público no evento e foi bastante aplaudida ao final da sessão.
“Ficamos sabendo que tem um pistoleiro em uma fazenda próxima a nossa só esperando a gente voltar para nos matar”, relatou Osvalinda Maria, personagem principal do longa da noite. As histórias de um povo que luta para permanecer na terra onde sempre viveram apresenta também o peso das vivências das mulheres Osvalinda e Maria Ivete, que constantemente recebem ameças de morte, a crítica a como a terra é dividida no Brasil e quantas pessoas sofrem com o avanço do agronegócio nas áreas amazônicas.
Quanto aos curtas, Marco conta uma história de perdas de entes queridos no interior do nordeste e Chico Mendes – Um legado a defender apresenta de que forma o ambientalista que dá nome ao filme mudou a forma como se pensa o meio ambiente. O diretor do segundo, João Inácio, chegou a afirmar em seu discurso pré-mostra que o filme dele “apresenta heróis que Martin Scorcese ia gostar, heróis de verdade que dão a vida para proteger a natureza”, em referência à polêmica declaração de Scorcese sobre os filmes da Marvel Studios.
 
*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes
(foto: Lucas Batista/CB/D.A. Press)

 

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Rodrigo Rivera