Filhotes de tartarugas e tracajás são devolvidos à natureza

Cerca de 2,5 mil filhotes de tracajás (Podocnemis unifilis) e tartarugas (Podocnemis expansa) foram devolvidos à natureza na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Gregório, localizada no município de Eirunepé (distante 1.160 quilômetros de Manaus). A soltura de quelônios, realizada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), durante esta semana, é a última do ano de 2019 e representa um importante indicativo da conservação da biodiversidade no local.

A soltura de 2019 na Unidade de Conservação (UC) superou as duas solturas anteriores, realizadas em 2017 (800 filhotes) e 2018 (1.512 filhotes). Foi um aumento de mais de 62% no número de filhotes devolvidos à natureza, em comparação com ano de 2018. Segundo o gestor da Resex do Rio Gregório, Walben Júnior, o trabalho realizado em conjunto com os comunitários é responsável pelo aumento da população de quelônios na natureza.

“O monitoramento é feito pelos próprios comunitários, inclusive crianças, que também são Agentes Ambientais Voluntários (AAV). Eles realizam a proteção dos ovos nos tabuleiros até o momento da soltura. O Programa AAV envolve vários atores que moram nas comunidades, o que reforça a importância do envolvimento da sociedade para o aumento da população de quelônios na natureza”, destacou o gestor.

Agentes Ambientais Voluntários

O Programa AAV, realizado pela Sema, capacita os moradores das UC estaduais para atuar em prol da conservação do meio ambiente nas suas comunidades, sendo multiplicadores das ações ambientais. Voluntariamente, eles repassam informações sobre a legislação ambiental e demais temas para comunitários e visitantes.

Arleilson Melo, um dos agentes ambientais envolvidos na soltura na Resex do Rio Gregório, espera que a soltura do próximo ano supere a de 2019. “A ideia é que, em 2020, nós possamos soltar mais de 3 mil filhotes em toda a reserva. A conservação dessas espécies na Resex é muito importante para o repovoamento nas comunidades, uma vez que a caça predatória e a falta de consciência estavam fazendo esses bichos desaparecerem das margens do Rio Gregório”, disse o agente ambiental voluntário.

A Resex do Rio Gregório, no início de 2020, receberá uma capacitação com os AAV para a construção do plano de trabalho para o próximo ano nas comunidades da UC.

Foto: Walben Junior/Sema

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Rodrigo Rivera