Escolas do Amazonas terão laboratórios tecnológicos até dezembro deste ano

 

Até o final deste ano, o Governo do Estado vai implantar 100 laboratórios do Espaço Maker em escolas estaduais de todo o Amazonas, beneficiando cerca de 100 mil estudantes. Na semana passada, 11 espaços foram inaugurados pela Secretaria de Educação e Desporto em Manaus, ampliando o conhecimento em diversas áreas como a tecnologia e o empreendedorismo dentro da rede pública de ensino.

Com o lançamento dos novos Espaços Maker, a rede estadual conta com 40 laboratórios onde os jovens aprendem áreas como linguagem de programação, robótica, empreendedorismo, carpintaria, impressão em 3D, eletrônica, gastronomia, entre outras áreas de conhecimento. Os laboratórios fazem parte do projeto “Fazer para Aprender”, ligado ao programa Educa + Amazonas.

“Podemos dizer que somos o Estado que mais investiu em tecnologia de ponta para os estudantes. Fizemos isso não só aqui na capital, mas iremos estender até o final do ano 100 laboratórios para todo o estado, incluindo todos os interiores. Nós já temos 34 laboratórios como esses, voltados para a criatividade, arte, tecnologia, ciência, levando o aluno a pensar fora da caixa, a criar, desenvolver alternativas para todos os problemas de uma cidade e até do mundo”, afirmou a secretária de Educação do Amazonas, Kuka Chaves.

Ainda segundo a secretária, os espaços já mostram resultados significativos para a educação pública. Ela atribui os avanços pelo fato dos Espaços Maker serem uma extensão da teoria repassada em sala de aula para o ensino prático, abrindo as oportunidades para os estudantes.

“Temos alunos destaques em olimpíadas nacionais, alunos que ganharam premiação nacional, alunos que já despontam para o mercado de trabalho, que através dos seus inventos já tem hoje vaga garantida no Distrito Industrial. Nós estamos apostando na oportunidade para que nossos estudantes tenham todo o potencial de aprendizado”, acrescentou Kuka Chaves.

Tecnologia

Na semana passada, a Escola Estadual de Tempo Integral (EETI) Bilíngue Djalma da Cunha Batista, localizada na avenida Rodrigo Otávio, bairro Japiim, zona sul de Manaus, passou a contar com um laboratório maker. Além das disciplinas tradicionais para os alunos, a escola bilíngue oferece o ensino da Língua Japonesa dentro das áreas de Matemática e Ciências.
A coordenadora bilíngue da escola, Érika Tomioka, explica que os alunos são estimulados a trabalhar a tecnologia por meio de pesquisas teóricas, visto que o Japão é um país de referência na área. Segundo ela, o Espaço Maker deverá somar ao plano pedagógico.

“O Japão é um país de referência na área tecnológica então eles poderem vivenciar isso através da edição de vídeos, da robótica, da impressão 3D, acredito que vão estar aprendendo ainda mais aquilo que estão conhecendo através dos livros. Isso vai oportunizar grandes experiências para o resto da vida, até a se aprofundar e incentivar a aprender mais a Língua Japonesa, e quem sabe até no próprio país”, afirmou Érika Tomioka.

Diversão

A aluna Fernanda Costa, de 14 anos, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental, comemorou a entrega do espaço. Ela acredita que o investimento em tecnologia nas escolas é um caminho a ser seguido para o desenvolvimento da educação.

“Pelo fato dos alunos sempre estarem em sala de aula, acho que esse espaço vai nos ajudar a ter um estudo mais divertido, dinâmico, que vai dar mais vontade e de estar sempre vindo a escola estudando e agregar cada vez mais aos nossos estudos”.

Na Escola Estadual Profª Ondina de Paula Ribeiro, na zona sul, o 34º Espaço Maker foi inaugurado. O estudante da 3ª série do ensino médio, José Henrique Santos, de 17 anos, define como “inovação” aquilo que será utilizado pelos alunos.

“É sempre bom trazer essas inovações, principalmente para as escolas públicas, que não têm muito acesso à tecnologia que é uma coisa que está se desenvolvendo na nossa vida. Trazer isso para o estudo é uma coisa maravilhosa. Às vezes nas aulas de química os professores se queixam de não poder mostrar realmente um átomo, então com a impressora 3D a gente vai ter essa possibilidade de ver. Só tem a agregar”.

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Rodrigo Rivera