Dia das Mães: histórias de amazonenses que sustentam os filhos com garra, dedicação e amor

Elas vencem dificuldades e, com o apoio do Estado, garantem o sustento da família

Superar obstáculos e vencer dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19 são desafios enfrentados por milhares de mães amazonenses que, neste domingo (09/05), comemoram o Dia das Mães. Além da preocupação com a saúde dos filhos e de toda a família, elas também precisaram batalhar para transpor problemas financeiros ocasionados pela pandemia, contando com o apoio do Governo do Amazonas

A costureira Francisca da Silva Franco sustenta a família com a renda do pequeno empreendimento onde confecciona peças íntimas e revende itens femininos. Em fevereiro deste ano ela recebeu financiamento de R$ 18 mil da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). O recurso ajudou a família a alavancar as vendas, mesmo em um período difícil para o comércio.

“Hoje eu sustento a minha casa, ajudo a minha família, ajudo o meu pai, que mora distante e, às vezes, quando um vizinho ou uma pessoa da nossa congregação precisa de uma cesta básica, hoje eu tenho condição de dar tudo através da minha costura. Consegui construir isso aqui com a ajuda da Afeam”, disse a empreendedora.

Considerada cliente especial da Agência, Francisca já realizou 10 financiamentos junto à Afeam. “Eu não quero nunca deixar de trabalhar com a Afeam, porque foi uma porta que me ajudou muito e me tirou de muitas coisas difíceis. Então o dinheiro da Afeam, esse empreendimento que a Afeam me patrocinou me ajudou muito, porque eu não tinha de onde tirar”, afirmou.

No pequeno negócio, Francisca conta com a ajuda da filha, Maria Elizamar. “Como mãe eu agradeço a Deus por ter a minha filha. Ela me ajuda muito. Ser mãe é muito especial. Antigamente eu não tinha minha filha do meu lado. Hoje tenho minha filha, meus netos, então ser mãe é uma dádiva de Deus”, concluiu a costureira.

Setor primário – A produtora rural e feirante Cátia Castro cultiva, junto com o marido e o filho, itens como macaxeira, banana, melancia e mandioca em uma propriedade na comunidade Nova Jerusalém, município de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus).

A família vende os produtos duas vezes por semana, nas feiras da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), vinculada à Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).

Durante o período mais crítico da pandemia, Cátia lembra que o apoio do Estado, comprando produtos da agricultura familiar, foi fundamental para o sustento da família.

“A importância da feira para nós, para mim é tudo, porque nesta pandemia a gente passou por muita, muita dificuldade e, como a gente sobrevive diretamente das feiras, a gente ficou muito tempo parado. Agradeço imensamente ao governador por ter ajudado a gente, por ter comprado nosso produto. Desde que nasci, trabalho com isso, sobrevivo disso, minha família toda. Meus pais me criaram assim e pretendo continuar”, ressaltou Cátia.

Orgulhosa do ofício passado de geração a geração, a agricultora enfatiza que as mulheres, especialmente as mães, conquistaram seu espaço na produção rural.

“Quero dizer para todas as mães que são agricultoras que não desistam, porque a mulher está em todo lugar, ela é essencial. Não tem isso de dizer que esse serviço é só de homem. A mulher está onde ela quer estar. E que elas não desistam, que vamos vencer tudo isso e vamos para frente”, enfatizou a produtora.

Auxílio Estadual – O Cartão Auxílio Estadual começou a ser entregue em fevereiro, para famílias em situação de extrema pobreza. O benefício, dividido em três parcelas de R$ 200, totalizando R$ 600, foi destinado à compra de produtos alimentícios, de higiene e limpeza.

Uma das famílias beneficiadas em Manaus foi a da dona de casa Lucijane Matos Cardoso, moradora do bairro Santo Antônio, zona oeste da capital. “Serviu de muita coisa para mim, deu para fazer um ranchinho e aguentar um pouco. Eu acho importante, serve muito para a família. Tem vezes que a gente não tem e serve para muita coisa, para aguentar nas horas mais difíceis”, pontuou Lucijane.

Mãe biológica de três filhos homens, a dona de casa adotou mais três meninas e, mesmo com as dificuldades, não desistiu da família. “Como eu não tive filha, eu peguei as três. Agora eu tenho três filhas. Cuido delas como se fossem minhas filhas mesmo, porque elas não tinham nada. Deus tem me ajudado bastante a ter essa convivência e não falta nada, graças a Deus”, disse ela.

Para o Dia das Mães, Lucijane ressalta a importância da união e do amor familiar. “Gostaria muito de ser feliz tendo a minha mãe ao meu lado, tem muitos que perderam suas mães devido o problema da Covid-19. Seja feliz, você e sua família. Agradeça a Deus pela mãe que você tem. Dê sempre um beijo, um abraço. Não tem coisa melhor do que ter um abraço do seu filho dizendo ‘mamãe, eu te amo’”, considerou a dona de casa.

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Rodrigo Rivera