Água da Amazônia custa R$320 por garrafa na Europa

Instalada na cidade de Barcelos, às margens do Rio Negro, no interior do Amazonas, a empresa Ô Amazon Air Water começou a fazer um verdadeiro milagre: transformar a umidade do ar da região em água engarrafada de alta qualidade e pureza, pronta para exportação.

É um projeto ecológico, de baixo impacto ambiental e no qual se projeta altos lucros. A primeira safra, de 1080 garrafas, já está sendo na França, no segmento de bebidas de luxo. Para se consumir um único frasco é preciso desembolsar a bagatela de 70 euros, o equivalente a R$ 320,00. Segundo Cal Gonçalves Júnior, fundador e gestor da empresa, foi o conhecimento da tecnologia Atmosferic Water Generator (AWG) que viabilizou o projeto.

A AWG permite a retirada de água da umidade do ar e a torna própria para o consumo humano, por meio de um processo de condensação e filtragem. As pesquisas para implantação e desenvolvimento do produto duraram cinco anos. “A água é leve, tem baixa mineralidade e não interfere no paladar”, diz Cal Júnior.

Mercado de luxo

A idealização do produto envolve uma cultura de consumo diferente, que une o negócio a valores de sustentabilidade ambiental. A garrafa de 750 ml é de vidro, 100% reciclável, e a embalagem é uma caixa fabricada a partir madeira de reflorestamento pela empresa Amazon Pack, vizinha da Ô Amazon Water. O produto foi concebido para ser comercializado no mercado europeu. Começou pela França e, em breve, estará disponível em doze países. “Nosso objetivo, por enquanto, é posicionar a marca no mercado”, explica Cal Júnior. A venda acontece em resorts, hotéis cinco estrelas, cafés de luxo e em outros lugares frequentados pela elite mundial.

A Ô Amazon Water está instalada em uma área de 1,75 milhão de m2, num terreno cedido pela Prefeitura de Barcelos.

A companhia produz oito mil litros de água por dia e doa, mensalmente, 15 mil litros para a comunidade. Além disso, foi criado um fundo para o qual se destina R$ 1 de cada garrafa vendida para projetos apadrinhados pela empresa. “A intenção é gerarmos um ciclo virtuoso entre o negócio, a comunidade e a natureza”, diz Cal Júnior.

*Por: Fernando Lavieri / ISTOÉ

 

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Rodrigo Rivera