O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou a apresentação técnica da minuta do Plano de Manejo Integrado da Floresta Nacional do Aripuanã e da Reserva Biológica do Manicoré. As unidades de conservação compõem o NGI Humaitá, localizado em Porto Velho/Rondônia.
O Plano de manejo foi desenvolvido de maneira integrada devido à proximidade geográfica e semelhanças nos desafios comuns: pressão de desmatamento na fronteira amazônica, necessidade de conectar corredores ecológicos e valorização de saberes tradicionais. Juntas, a Flona do Aripuanã e a Rebio do Manicoré protegem 1.110.358 hectares da Floresta Amazônica.
A Floresta Nacional do Aripuanã, unidade de conservação de uso sustentável, localizada no sul do estado do Amazonas, nos municípios de Novo Aripuanã, Manicoré e Apuí, foi criada a partir de uma iniciativa governamental com o objetivo de conter o avanço do desmatamento e as pressões e ameaças aos recursos naturais e às populações ribeirinhas na região, assegurando os modos de vida dos moradores do Rio Aripuanã e o uso múltiplo dos recursos florestais, a manutenção dos recursos hídricos e a realização de pesquisa científica.
A Flona Aripuanã, unidade de uso sustentável criada com objetivo de proteger e possibilitar o manejo florestal, a manutenção dos modos de vida ribeirinhos e assegurar o uso múltiplo de recursos florestais nos municípios de Novo Aripuanã, Manicoré e Apuí. Sua significância reside na harmonização entre conservação e subsistência, pois abriga espécies endêmicas como o sagui-da-região e ameaçadas como onças-pintadas, enquanto as comunidades tradicionais manejam ipês, cumarus e maçarandubas, realizam a produção de farinha, utilizam os óleos medicinais e produzem artesanato.
A Reserva Biológica do Manicoré, unidade de conservação de proteção integral, localizada no sul do estado do Amazonas nos municípios de Manicoré e Novo Aripuanã, foi criada para conter o avanço do desmatamento e preservar a região dos Rios Manicoré, Manicorezinho, Jatuarana e seus afluentes, servindo como berçário para peixes, animais e vegetação nativa, garantindo o equilíbrio ambiental e a manutenção da biodiversidade local.
Já a Rebio Manicoré, unidade de proteção integral nos municípios de Manicoré e Novo Aripuanã, serve como habitat para ariranhas, tamanduás-bandeira e gaviões-reais. Seus 360 mil hectares de floresta primária proporcionam serviços ambientais diversos. A UC apresenta beleza cênica e ambientes únicos, com a imponência da floresta amazônica, seus cursos de água e cachoeiras, além dos campos naturais. Importante para as populações de peixes como tucunarés e pintados.
Estiveram presentes na reunião representantes das seguintes áreas: equipe das UCs, NGI Humaitá, Coordenação de Plano de Manejo (COMAN/CGCAP), Coordenação de Visitação (COVIS/CGUP), Fiscalização (COFIS/CGPRO), Impactos Ambientais (CGIMP/DIBIO), Conflitos Territoriais (COGCOT/CGSAM) e Diretoria de Assuntos Territoriais (DAT/CGCAP).
Seguindo a Instrução Normativa nº 07/2017, o plano passará por análise do Conselho Gestor das unidades, avaliação jurídica e, por fim, será submetido à aprovação da Presidência do ICMBio.